PDF que viralizou na web com lista de supostas garotas de programa de Manaus vira alvo de investigação

Segundo defesa das vítimas já foi descoberto que um dos documentos foi divulgados por um número telefônico originário do estado de Santa Catarina.

Notícias de Manaus– Mais de 80 mulheres e até menores de idade tiveram seus nomes e fotos divulgadas em um documento PDF que viralizou nas redes sociais contendo uma lista de supostas garotas de programa e acompanhantes de luxo. Algumas das vítimas denunciaram o caso na Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos que abriu uma investigação para encontrar os responsáveis pelo crime.

A divulgação dos documentos em PDF aconteceu entre a última quarta (8) e quinta-feira (9), e rapidamente se espalhou pelo WhatsApp e pelas redes sociais. Os arquivos mostravam fotos de várias mulheres, acompanhadas de seus respectivos valores cobrados por hora. Os preços variavam de R$ 500 em um “book” comum, chegando a até R$ 3 mil em um “book” “premium”.

De acordo com o advogado David Noa, que atua na defesa de algumas vítimas do caso, já foi descoberto que um dos documentos foi divulgados por um número telefônico originário do estado de Santa Catarina.

“O que nós sabemos, até o momento, é que os três primeiros PDFs divulgados no dia 8 de novembro, eles tem a autoria conhecida, nós sabemos quem criou, não sabemos infelizmente a motivação que levou essa pessoa a criar o documento mas é fato que as fotos das mulheres que estão ali estão sendo usadas em anúncios de acompanhantes de outros estados para aplicação de golpes em pessoas que por ventura façam uso desse serviço“, disse ele em entrevista a uma emissora de Tv local.

Sobre o segundo PDF tem já a origem dele que é de um número de Santa Catarina e nós já estamos fazendo também as nossas investigações, preliminares de natureza privada, para que possamos chegar ao possível autor“, contou.

O advogado também parabenizou o trabalho da Policia Civil do Amazonas que tem acolhido essas vítimas através da Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos, e avançado nas investigações. Segundo ele somente depois desse procedimento de apuração é que vai ser possível ter as provas necessárias para mover as ações penais contra os criminosos responsáveis pela produção dos documentos fraudulentos.

Todas as fotos que estão nos PDFs, tanto no dia 8 quanto no de 9 de novembro, foram extraídos sem nenhuma autorização dos perfis nas redes sociais dessas mulheres. Então é muito importante que essas mulheres são todas vítimas de um crime e estão sendo vítimas injustamente pelo famigerado tribunal da internet. Nenhuma dessas moças é garota de programa. Os criminosos que fizeram isso selecionaram essas fotos de forma completamente aleatória”, afirmou David.

O advogado ressaltou que quem compartilhar os PDFs nas redes sociais está sendo conivente com o crime de difamação na modalidade qualificada. “Peço as pessoas que parem de compartilhar porque o nosso trabalho é identificar todas pessoas que direta ou indiretamente estão envolvidas com a propagação desse conteúdo para que nós possamos acioná-las judicialmente“, finalizou.

Redação AM POST*

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