Manaus registra aumento de casos de oropouche e dengue em 2024

A Secretaria Municipal de Saúde de Manaus divulgou, nesta segunda-feira, 22/1, os dados mais recentes sobre a incidência de arboviroses na capital, conforme apresentado no Boletim Epidemiológico de Arboviroses, edição número 3.

Referente à Semana Epidemiológica de 14 a 20/1, os registros apontam 574 casos notificados (suspeitos) de dengue em Manaus, sendo 82 confirmados, enquanto outras 1.440 notificações estão em fase de investigação. Em relação ao zika, foram notificados quatro casos, dos quais 11 estão em processo de investigação. Já a chikungunya teve quatro casos notificados, com 17 em fase de investigação. No entanto, não foram confirmados casos de zika ou chikungunya no período mencionado.

O boletim também destaca 46 novos casos de oropouche e nenhum de mayaro. Por não serem agravos de notificação obrigatória, não há registros de casos notificados dessas duas doenças.

Em análise do ano de 2024, foram confirmados 524 casos de dengue, um de zika e 372 de oropouche, sem casos confirmados de chikungunya ou mayaro até o momento.

O Boletim Epidemiológico de Arboviroses é resultado do trabalho conjunto das gerências de Vigilância Epidemiológica, de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores, e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Semsa Manaus. Os dados utilizados provêm do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), via Sinan-Online e Sinan Net, assim como do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), estando sujeitos a atualizações.

Prevenção

A Semsa Manaus orienta a população a realizar, pelo menos uma vez por semana, a vistoria nos quintais e no interior das casas, a fim de identificar riscos e eliminar possíveis focos de água parada, que podem se tornar criadouros para o Aedes aegypti e outros mosquitos vetores de arboviroses.

As medidas são simples e incluem o descarte ou guarda adequada de materiais que podem conter água parada, como pneus, garrafas e copos descartáveis; manter limpas calhas e ralos; encher de areia os pratos de plantas; manter tampadas as caixas d’água; dar descarga em vasos sanitários que pouco utilizados; entre outras.

O subsecretário municipal de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, assinala que o combate aos mosquitos é uma das principais medidas de prevenção contra as arboviroses. “Se todos fizerem sua parte para eliminar os criadouros, os mosquitos não se reproduzem, a população fica livre desses vetores e ninguém adoece”, ressalta.

Djalma enfatiza que a Semsa Manaus vem intensificando as ações permanentes de prevenção e controle de arboviroses durante o período de chuvas, que favorece o surgimento de focos de água parada e a proliferação do Aedes e outras espécies vetores. Entre essas ações, estão o manejo ambiental e as inspeções dos agentes de vigilância nas residências.

As atividades têm reforço especialmente nas áreas mais vulneráveis para as doenças, de acordo com dados do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em Manaus no período de 6 a 22 de novembro, e das notificações de casos de dengue, chikungunya e zika. Conforme o estudo, Manaus tem nove bairros com alta vulnerabilidade, estando outros 35 com média e 19 com baixa vulnerabilidade para infestações.

Texto – Jony Clay Borges / Semsa

Fotos – Divulgação / Semsa

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