Avaliação negativa da economia sobe de 76% para 88% nos 100 dias de Governo Milei

Uma pesquisa recente divulgada pela Atlas Intel revelou que a preocupação com a economia argentina atingiu níveis alarmantes, com quase 9 em cada 10 argentinos (88%) expressando descontentamento com a situação atual. Essa constatação marca um aumento significativo em comparação com os números de novembro, antes da ascensão do presidente Javier Milei ao cargo, quando o índice de insatisfação era de 76%. Paralelamente, a avaliação positiva do desempenho econômico caiu drasticamente de 7% para apenas 2%.

A pesquisa também apontou uma diminuição na expectativa de melhora do cenário econômico, que passou de 50% para 43%, enquanto a parcela de pessimistas aumentou de 25% para expressivos 47%. Vale ressaltar que a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Além das preocupações com a economia em geral, a avaliação negativa do mercado de trabalho também cresceu, saltando de 66% para 80%. Por outro lado, a percepção de argentinos que consideram a situação de emprego favorável no país diminuiu de 12% para apenas 6%.

Javier Milei completou cem dias à frente do governo, período marcado por tentativas de reequilíbrio econômico. Apesar do governo comemorar a conquista de superávit no último mês, analistas econômicos alertam para o alto preço pago pela população devido à redução de gastos públicos.

A avaliação geral do governo Milei evidencia a polarização na Argentina. Dos entrevistados, 47,7% aprovam a nova gestão, praticamente empatados com os 47,6% que a desaprovam; 4,6% não souberam responder. A pesquisa, realizada entre os dias 15 e 18 de março, revelou que a aprovação de Milei é maior entre os homens (54,2%) e aqueles com renda superior a 500 mil pesos (56,3%). Entre as mulheres, a avaliação positiva foi de 42,2%, enquanto entre os mais pobres (com renda de até 100 mil pesos) ficou em 41,9%.

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