Perto da eleição presidencial, Maduro intensifica a perseguição a opositores na Venezuela

A poucos dias da eleição presidencial na Venezuela, o ditador Nicolás Maduro tem intensificado suas ações repressivas contra os opositores políticos, gerando uma onda de preocupação internacional. Nas últimas duas semanas, o regime chavista prendeu 12 membros da oposição, conforme relatado pela organização não governamental Foro Penal. Essas detenções se somam a uma série de sequestros, ameaças e maus-tratos a presos políticos, exacerbando um ambiente já tenso e hostil.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) expressou preocupação em um relatório divulgado na última segunda-feira, 8 de julho, destacando que pelo menos 50 pessoas foram encarceradas de janeiro a julho deste ano. O documento sublinha que as principais vítimas dessas ações são “integrantes da campanha da oposição, sindicalistas, ativistas e jornalistas”. A repressão não se limita às detenções; o regime também ordenou o fechamento de dez locais comerciais que eram usados para reuniões de campanha da oposição, dificultando ainda mais a organização e mobilização contra o governo.

No mês passado, a ditadura venezuelana intensificou suas ações antidemocráticas ao inabilitar dez prefeitos que manifestaram apoio a Edmundo González, principal candidato da oposição pelo partido Plataforma Unitária Democrática. González assumiu a liderança da oposição após a impugnação das candidaturas de María Corina Machado e Corina Yoris, que foram impedidas de participar da eleição. Essa estratégia de desqualificação de candidatos adversários é uma tática recorrente do regime bolivariano para manter seu controle sobre o processo eleitoral.

Além das detenções e inabilitações, o governo de Maduro tem adotado medidas para impedir que a oposição chegue às comunidades em diferentes estados venezuelanos. Uma das táticas utilizadas é o fechamento de estradas por policiais, barrando a realização de comícios e outras atividades de campanha. Dirigentes da oposição denunciaram ainda o fechamento de meios de comunicação nos últimos dias e a falta de espaço em rádio e televisão, o que limita severamente a disseminação de suas mensagens.

As ações do regime venezuelano não passam despercebidas pela comunidade internacional. Segundo a CIDH, essas ações ilegais “não representam apenas atos isolados”, mas são “parte de um padrão de perseguição com o fim de desanimar a participação política da oposição e da população em geral”. A repressão sistemática busca não apenas silenciar os líderes oposicionistas, mas também criar um ambiente de medo e desmotivação entre os eleitores, comprometendo a integridade do processo eleitoral.

Fonte: Redação Am Post

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