Vereadores da CMM registram aumento expressivo nos patrimônios; veja quem são os mais ricos e os mais pobres


Os dados de transparência da Justiça Eleitoral, disponíveis no sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelam um cenário que chama atenção em Manaus: o patrimônio total dos 41 vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) cresceu 59,73% desde as últimas eleições municipais. O valor passou de R$ 16,8 milhões para impressionantes R$ 26,9 milhões, revelando um incremento significativo no patrimônio dos parlamentares.

Esse crescimento patrimonial ocorre em um contexto em que todos os atuais membros da CMM estão concorrendo à reeleição. Entre os vereadores mais abastados, destacam-se Diego Afonso (União), com um patrimônio declarado de R$ 3,5 milhões; Rodrigo Guedes (PP), com R$ 2,9 milhões; e Yomara Lins (Podemos), com R$ 2,5 milhões. Esses três nomes lideram a lista dos mais ricos, concentrando uma fatia considerável do montante total.

Além deles, outros sete vereadores integram o seleto grupo dos milionários, com patrimônio superior a R$ 1 milhão. Daniel Vasconcelos (Republicanos) e Lissandro Breval (PP) possuem mais de R$ 1,3 milhão cada; Eduardo Alfaia (Avante) e Professora Jacqueline (União) ultrapassam a marca de R$ 1,2 milhão; enquanto Mitoso (MDB) e Marcelo Serafim (PSB) possuem mais de R$ 1,1 milhão. O Professor Samuel (PSD) completa o grupo com um patrimônio de R$ 1,042 milhão.

Por outro lado, há uma parcela de vereadores que, segundo suas declarações, possuem patrimônios bem mais modestos. João Carlos (Republicanos) possui R$ 65 mil em bens declarados; William Alemão (Cidadania) declarou R$ 50 mil; Isaac Tayah (MDB), R$ 41,9 mil; e Caio André (União), R$ 36,8 mil. No extremo inferior da lista estão Elan Alencar (DC), com R$ 30 mil; Marcio Tavares (Republicanos), com R$ 20 mil; Ivo Neto (PMB), com R$ 11,7 mil; e Raiff Matos (PL), com R$ 7,5 mil. Rosivaldo Cordovil (PSDB) e Sassá da Construção Civil (PT) sequer declararam bens à Justiça Eleitoral.

Aumento patrimonial

Um dado que se destaca na análise é o aumento substancial no patrimônio de alguns vereadores entre as eleições de 2020 e 2024. O caso mais emblemático é o de Capitão Carpê (PL), que viu seu patrimônio saltar de R$ 42 mil em 2020 para R$ 946,8 mil em 2024, um crescimento impressionante de 2154,51%. Esse aumento se deve, principalmente, à aquisição de um apartamento na Ponta Negra, zona oeste de Manaus, avaliado em R$ 778.895,00.

Outro exemplo de expressivo aumento patrimonial é o de Elissandro Bessa (PSB), cujo patrimônio cresceu 980,13%, passando de R$ 15,6 mil em 2020 para R$ 168,6 mil em 2024. Everton Assis (União) também registrou um aumento notável de 854,73%, com seu patrimônio subindo de R$ 80,8 mil para R$ 771,7 mil no mesmo período.

Essas informações, disponíveis no portal do TSE, oferecem um panorama claro da evolução financeira dos vereadores de Manaus e podem servir como base para que os eleitores façam escolhas conscientes nas urnas.

Resposta

O vereador Rodrigo Guedes enviou nota a reportagem explicando que seu aumento patrimonial se deve herança deixada por seu pai, Antônio Araújo, que faleceu em 2021.

“Estão sendo veiculadas matérias informando que o vereador e candidato a reeleição, Rodrigo Guedes possui o segundo maior patrimônio da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Guedes vem a público esclarecer que seu valor patrimonial cresceu devido a herança deixada por seu pai, Antônio Araújo, Zito como era conhecido, empresário de sucesso no ramo da gastronomia e comércio de alimentos por mais de 30 anos, que faleceu em fevereiro de 2021, como é de conhecimento público”, disse.

Segue em anexo o processo de inventário:

escritura sr.zito

Inventário sr. zito

Fonte: Redação AM POST

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